O Castello di Rivalta, pertencente à família nobre italiana dos condes Zanardi Landi, situado as margens do rio Trebbia, foi palco para uma exposição que emocionou os mais de 200 convidados presente e quem diria que o maior protagonista seria uma pequena cidade no sertão de Alagoas: INHA-PI que significa Água sobre Pedra, isso porque, Geovana Cléa, quis homenagear a cidade que nasceu e em um discurso muito humano e rico de sentimentos, durante a abertura da exposição, a falou sobre a importância de manter viva as próprias raizes, lembrou ter vindo de um lugar de pessoas simples porém, riquíssimas na alma, justamente pela simplicidade que carregavam no coração e a grande generosidade que via desde sempre em seu povo, falou que a distância do seu país à aproximou muito da natureza e que virou tema central de todos os seus estudos, enfatizando a importância do tema geológico no seu trabalho e que suas obras é uma alerta para as pessoas olharem mais para o planeta, preservar-lo e ter mais tempo de qualidade consigo mesmo, parar de correr tanto atrás das coisas materiais e pararem pra si, finalizando seu discurso pedindo a todos de não esquecerem de ser felizes.
A exposição contava com uma playlist de músicas escolhidas a dedo pela artista, entre elas a música do swan lake na versão do artista brasileiro Chico Chagas que remetem às lembranças da infância da artista no sertão de Alagoas, recentemente em bate papo com a Condessa Rita Zanardi Landi de Rivalta, Geovana falou que na sua adolescência e infância era vista como um patinho feio, muito magra, muito negra, muito artista, muito para os que cobravam dela formas mais formosas, pele mais clara e menos sonhos e que durante a exposição, chorou lembrando, mas desta vez com joia e alegria por ter superado tantos obstáculos e finalmente levando a um público de nobres italianos, industriais, empresários, artistas um pouco da terra que nasceu, com grande orgulho pelas próprias raizes.
A exposição foi uma experiência mágica para todos, a belíssima curadoria foi feita pelo experiente diretor artístico Marco Frigerio, que foi professor do IED de Milão e responsável pela imagem de brands de moda e do mundo do móvel de luxo.
Sem dúvidas a exposição encheu os olhos de todos os presentes, as obras dos últimos 13 anos escolhidas para exposição com o mix das obras atuais, levou ao público um show de beleza, com um pouco de Brasil, Itália, Sertão e tantos detalhes inspirados aos efeitos naturais da mãe terra.
A artista também estava com um vestido feito por Vanessa Ye, estilista de alta moda, chinesa de Shangai, inspirados no elemento ouro, com tiara um sobretudo feito a mão com fios de metais de ouro por experto da área desta tipologia de artesanato chinês, considerado na China como patrimônio histórico e cultural do País.
Entre os diversos sponsors da exposição, estava o velho e fiel parceiro Swarovski, inclusive com a presença do seu marketing manager na Itália durante a exposição.
A empresa nunca poupou esforços em apoiar à artista que é entre as três no mundo com certificação e parceria oficial com a empresa multinacional de cristais, mais famosa do mundo.
Além disso, a artista decidiu doar parte do valor com as venda de suas obras para apoiar pesquisas científicas para ajudar no tratamento da ictiose lamelar. Na verdade, o Castello di Rivalta é também a sede do comitê da UFFI, organização dedicada ao combate à ictiose, uma doença genética muito rara.
O prazer de apresentar “INHA.PI - Acqua su Pietra”, exposição individual da artista Geovana Cléa com uma seleção de obras dos últimos 13 anos de sua carreira. Inhapi, uma cidade localizada no sertão Alagoano do Brasil. Na língua dos “Koiupanka”, povos indígenas do local, Inhapi significa “água sobre pedra”, nome dado pelos Tupis, população que primeiro povoou a cidade.
A expressão foi utilizada pelos indígenas da região quando se referiam aos lajedos que juntavam águas pluviais nas áreas mais baixas na região e é atualmente conhecida como Lagoa Inhapi. É nesta cidade que nasceu Geovana Cléa, artista expressionista, abstrata, conceitual, minimalista e amante da natureza: elemento dominante de todas as suas obras, juntamente com a influência de suas origens. Por esta razão, a artista encontrou inspiração para muitas das suas obras no rio Trebbia. Para a artista brasileira, a “fusão” da água e da pedra em qualquer ambiente natural significa um encontro com o tempo passado, as memórias e suas origens. Por isso, o foco dos trabalhos de Geovana Clea é o elemento natural que “vive” entre o presente e o passado, e muitas vezes são enriquecidas com cristais Swarovski, cristais preciosos tão pequenos como grãos de areia, com lapidação de diamante e com certificação de originalidade, dada a colaboração do artista com a empresa desde 2014.
Geovana Cléa, uma artista brasileira, que trabalha na Itália e no mundo há mais de 20 anos. É membro imortal da Academia de Ciências, Letras e Artes de São Paulo. Participou da 54ª Bienal de Veneza, recebeu o prêmio do júri da Comissão de Belas Artes de Paris, durante sua terceira participação no Salão Nacional de Belas Artes do Louvre desde 1861, conhecido como o salão dos artistas impressionistas. Fundou a EOTW Gallery, e o movimento internacional de arte contemporânea “Emotions of the world” que lançou vários artistas emergentes no mundo da arte. Teve outras colaborações importantes no mundo do luxo com três diferentes marcas , tendo participado durante quatro anos no Salone del Mobile de Milão com exposições pessoais, criando uma ligação entre arte e design de luxo, conhecido e apreciado em todo o mundo.
A importante exposição das obras de Geovana Clea na residência privada dos Condes Zanardi Landi, O Castello di Rivalta, nasceu do valor comum dos Condes Zanardi Landi e da artista Geovana Clea de inserir temas da natureza e da preservação.
Um evento a se apreciar, em 14 de outubro, dará ao público a oportunidade de conhecer a artista e admirar as suas obras nesse belíssimo castelo às margens do rio Trebbia.
O Castello di Rivalta é um local único, com um patrimônio histórico e artístico de valor inestimável. Presente desde 1025, o solar é famoso por sua icônica torre de 1470, desenhada por Pietro Antonio Solari, o arquiteto que construiu as torres do Kremlin; entre os muitos convidados ilustres, o Castelo Rivalta foi escolhido pela Princesa Margarida da Inglaterra para as suas férias italianas. O castelo eleva-se acima do rio Trebbia, um elemento fundamental para Rivalta,e a sua história é prova disso, sempre foi a maior defesa natural da fortaleza.
A exposição terá curadoria de Marco Frigerio com quem a artista já colaborou diversas vezes e devido ao enorme sucesso da exposição a data de encerramento ficou para o dia 30 de Dezembro
Por Paulo Vieira - Jornalista
Equipe Sinta São Paulo!
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